Muito provavelmente os primeiros homens, observavam o comportamento instintivo dos animais e sua utilização com as plantas, tanto para se alimentar como para curar várias doenças.
Já em 2900 a.C. o primeiro médico egípcio conhecido como Imhotep, desenhou pirâmides, era sacerdote e utilizava as ervas medicinais em seus preparos mágicos.
A China é o país com a mais longa história no uso e conhecimento do poder terapêutico das plantas e os primeiros a utilizar orquídeas em sua medicina. Quando o imperador chinês Shen Nung morreu em 2698 a. C., já havia provado mais de 100 espécies de ervas e mencionava seu estudo em Cânone das Ervas, com 252 ervas estudadas. Entre as flores encontra-se o uso do Dendrobium com finalidade medicinal. Eles as consideravam as mais aristocráticas dentre as plantas, e seu perfume simbolizavam virtude e sabedoria. O filósofo Confúcio disse certa vez que "ligar-se a uma pessoa superior é como entrar em um jardim de orquídeas".
Na Grécia, Asclépio concebeu um sistema de cura baseado em banhos, jejum e chás, utilizando seu profundo conhecimento terapêutico das plantas. Durante muito tempo, acreditou-se também que as orquídeas possuíam poderes afrodisíacos. Theophrastus, aluno de Aristóteles, considerado o pai da botânica, 300 anos antes de Cristo batiza as orquídeas com o nome de “orkhis”, palavra grega que significa testículos, devido à semelhança entre as raízes de certas orquídeas terrestres (sobretudo nas zonas temperadas da Europa) e os testículos. Ainda hoje estas espécies são conhecidas pelo mesmo nome (Orchis maculata, símia, máscula, spectabilis). Daí vem o nome que derivou toda a família das “Orchidaceae”.
No século primeiro depois de Cristo, um médico grego de nome Dioscórides, que serviu como cirurgião de exército romano, reuniu informações sobre 500 plantas medicinais, entre elas duas orquídeas, em um trabalho intitulado “Matéria Médica”.
Ele desenvolveu uma teoria de que Deus teria criado as plantas para serem úteis aos seres humanos e elas teriam um indício, um sinal que tornaria evidente seu uso. Deste modo, os distúrbios seriam tratados através de partes de plantas que teriam alguma semelhança com o órgão afetado. Usadas como afrodisíaco, as raízes das orquídeas eram maceradas e engolidas. Eram vendidas nas farmácias e mercearias para o preparo de muitas bebidas. Este costume permaneceu até o século XVII.
Escritos do inglês John Parkinson, de 1640, revelam que medicamentos de orquídeas estavam entre as drogas vendidas em Londres (Inglaterra) para a cura de febres, inchaços e feridas.
No Brasil, desde a época do descobrimento, já há registros da utilização de plantas curativas. Os colonizadores europeus observavam o uso freqüente de ervas pelos índios nativos.
As orquídeas podem fornecer uma grande variedade de mensagens, porém, historicamente, as orquídeas incluem riqueza, amor e beleza. Para os Gregos antigos, as orquídeas significavam virilidade, e depois da ascensão e popularidade das espécies de orquídeas na Inglaterra, o significado simbólico passou a ser “Luxo”. Pelo visto as orquídeas também carregavam propriedades protetoras e cura de doenças. Os astecas e maias bebiam uma mistura de orquídeas (Vanilla) com chocolate para dar-lhes o poder e força, já os chineses mastigavam o sulco das flores porque acreditavam que os curaria de doenças pulmonares.
Ainda hoje, algumas espécies ainda são usadas como medicamento (na forma de poções e bebidas) em muitas regiões do mundo para tratar de artrite, diarréia, dor de cabeça, febre, tosse, problemas digestivos, como anti-conceptivo e como cicatrizante de feridas e incisões.
As propriedades terapêuticas das plantas foram se tornando cada vez mais conhecidas e hoje são base de diversos medicamentos sofisticados. Na idade Moderna, a evolução da ciência e medicina, fez com que todo esse conhecimento antigo, passasse a ser estudado, e as ervas acabaram sendo manipuladas nos laboratórios gerando medicamentos com potencial curativo e dosagens apropriadas. A industrialização e o apogeu da tecnologia afastaram o homem da natureza, desestimulando o cultivo e a busca pelas espécies naturais. Cápsulas, comprimidos, gotas e xaropes substituíram as plantas no tratamento das enfermidades e hoje poucos sabem usar as ervas e flores para seu bem estar.
O mundo da voltas, e depois de tanto excesso no uso de antibióticos e remédios cada vez mais fortes e sintéticos, o homem olha de novo para a natureza, tentando resgatar o conhecimento antigo com mais seriedade, estudando novamente os princípios ativos das plantas e como podem nos ajudar na atualidade.
Bibliografia
http://www.fbpro.com.br/modules.php?name=News&file=article&sid=32
http://blog.florencanto.com.br/category/tudo-sobre-flores
www.delfinadearaujo.com/historia/origem1.htm
Um comentário:
Gostei foi bastante explicativo, parabéns.
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