domingo, 17 de maio de 2009

Aconteceu no Jardim Botânico - Rio de Janeiro


Aconteceu de 30 de abril a 03 de maio a Exposição de Orquídeas do Jardim Botânico no Rio de Janeiro. Neste ano de 2009 o tema da exposição foi: “Orquídeas que homenageiam o Rio de Janeiro”. Ao todo, 5 mil espécies fizeram parte da mostra promovida pela OrquidaRio. Uma das estrelas da exposição foi a Cattleya Leblon. Na mostra foram encontradas espécies nativas da região como é o caso da Pseudolaelia corcovadensis , Pleurothallis jacarepaguaensis e Octomeria carioca. Foram também apresentados 19 lindos híbridos com nomes de bairros ou locais famosos da cidade do Rio de Janeiro. Treze orquidários participaram da venda de orquídeas. A programação ofereceu as seguintes atividades:

Curso de fotografia digital de orquídeas
Com o prof. Mauricio Seidl, aconteceu nos dias 01 e 02/05 das 13h30 às 17h30
Taxa de inscrição: R$35,00.

Curso de Iniciação ao cultivo de orquídeas
Com Delfina de Araujo e Carlos Manuel de Carvalho no dia 03/05, das 10h às 12h30 e das 14h30 às 17h, taxa de inscrição: R$50,00.

Oficinas sobre cultivo de orquídeas - dias 01, 02 e 03/05, às 15h, grátis.

Exposição de fotografias de orquídeas
“Orquídeas em Foco”, com trabalhos dos fotógrafos Sergio Araujo e Maurício Seidl, no auditório Geraldo Jordão Pereira, anexo à AAJB.
A exposição de fotografia foi inaugurada no dia 30/04 e se estenderá até o dia 30/05.

terça-feira, 5 de maio de 2009

JOHN LINDLEY E AS ORQUÍDEAS

John Lindley (1799 - 1865). Foi um importante botânico inglês. Ilustrador, taxonomista e autor de diversas obras e artigos científicos sobre plantas, ficou famoso principalmente por seus estudos, identificação e registro de várias orquídeas.

Com certeza já lemos numa plaqueta de identificação alguma orquídea com seu sobrenome, como por exemplo, Dendrobium nobile Lindley ou Cattleya labiata Lindley.

Aqui vai um breve relato da biografia de John Lindley e algumas curiosidades para os apreciadores de orquídeas.

Seu pai era proprietário de um viveiro de plantas e publicou um manual de jardinagem. Quando cresceu foi estudar em Norwich e em 1819 traduziu a Analyse du fruit do botânico frânces Louis Claude Marie Richard. Em 1820 publica a Monographia Rosarum onde descreve novas espécies que ele próprio ilustra. No ano seguinte, produz a Monographia Digitalium e Observations on Pomaceae.

Mudou-se para Londres para redactar as partes descritivas da Encyclopaedia of Plants, publicando este trabalho em 1829. Ainda em 1829, Lindley publica duas obras de acordo com o sistema natural de Jussieu: A Synopsis of British Flora, arranged according to the Natural Order e em 1930, An Introduction to the Natural System of Botany .

Em 1829 tornou-se catedrático de Botânica na “University College de Londres, onde permaneceu até 1860. Foi também secretário da “Horticulture Society” . Um dos fundadores da revista “Gardener´s Chronicle” e um assíduo contribuinte do “Botanical Register”. Lindley foi agraciado com a Royal Medal em 1857.

Em 1830 fez a primeira classificação das orquídeas. Seus trabalhos mais importantes para os orquidófilos são: “O gênero e espécies das plantas orquidáceas”, e Folia Orchidacea, livro inacabado, porém um clássico em botânica.

Alguns dos Gêneros que levam seu nome são: Linleyella, Neolindleyella. E várias Espécies como: Barkeria lindleyana, Cattleyopsis lindleyana, Maxilaria lindleyana, Epidendrum lindleyanum, Odontoglossum lindleyanum, Bulbophyllum lindleyanum.

Na nomenclatura escrita de orquídeas que levam seu nome, podemos escrever por extenso ou na abreviatura padrão que é Lindl.

John Lindley também cometia alguns equívocos. Como era botânico, pesquisador e ilustrador de seus artigos científicos, identificou esta orquídea como uma Cattleya superba, em 1838. Mal sabia ele que esta Cattleya violacea, já havia sido descoberta pelo colecionador Humboldt às margens do rio Orinoco, na fronteira do Brasil, Colômbia e Venezuela. Esse equívoco só foi corrigido em 1889, pelo também botânico inglês R.A. Rolfe, que reconheceu a planta como Cattleya violacea, nome válido cientificamente até hoje.

Entre as suas obras, citam-se :

  • An Outline of the First Principles of Horticulture (1832).
  • An Outline of the Structure and Physiology of Plants (1832).
  • Nixus Plantarum (1833).
  • A Natural System of Botany (1836).
  • Com William Hutton (1797-1860) The Fossil Flora of Great Britain, or Figures and Descriptions of the Vegetable remains found in a Fossil State in the Country (1831-1837).
  • Flora Medica (1838).
  • Theory of Horticulture (1840).
  • The Vegetable Kingdom (1846).
  • Folia Orchidacea (1852).
  • Descriptive Botany (1858).

Referências Bibliográficas:

www.orquidariocuiaba.com.br/tag/botanico-john-lindley

http://pt.wikipedia.org/wiki/John_Lindley

http://www.delfinadearaujo.com/historia/origem1.htm


domingo, 3 de maio de 2009

HOLCOGLOSSUM AMESIANUM E SUA POLINIZAÇÃO



De acordo com um relatório da revista Nature, uma equipe de pesquisadores estudou 1900 flores da Holcoglossum e descobriu que ela não necessita de insetos polinizadores, nem da ação do vento, ela fertiliza a si própria.

Originária da China, Camboja, Laos e Vietnã, esta espécie cresce em troncos de árvores, não produz perfume ou néctar, suas flores tem de 5 a 6,5 cm de diâmetro e florescem durante os meses secos e sem vento entre fevereiro e abril.

“Esta orquídea desafia a gravidade e torce a parte da antera carregada de pólen de sua flor na posição adequada para ser inserida no estigma e assim fertilizá-la. A planta o faz sem a ajuda de fluidos grudentos ou outros métodos usados pelas plantas autopolinizantes para assegurar que o pólen alcance o óvulo”, reportou Huang, chefe da equipe dos pesquisadores. Essa relação sexual é tão exclusiva que as flores nem mesmo transferem pólen para as outras flores da mesma planta. Isso faz da técnica da Holcoglossum amesianum um novo método de polinização.

http://www.jardimdeflores.com.br/CURIOSIDADES/A37floresexo.htm

http://www.lustosa.net/noticias/36555.php

Ilha do Francês - Florianópolis



Ao norte da Ilha de Santa Catarina, situada em frente à praia de Canavieiras. É uma pequena ilhota de 66.987,50 m². Pertenceu ao início do século a Inácio Schroeder, que a transformou num viveiro de orquídeas raras e belíssimas. A ilha chama muita atenção também pela sua bela paisagem cercada por altos rochedos, mata verde e uma pequena enseada, um verdadeiro paraíso para fauna aquática e aves.

Conta a lenda que um refugiado francês se escondeu por lá, mas nada se sabe de concreto.

Em 1884, data o primeiro registro de ocupação, encontrado na Delegacia do Patrimônio da União em Santa Catarina. Na época era chamada de Ilhota, e o porto da Igreja Matriz da Freguesia de São Francisco de Paula de Canavieiras era o seu principal ponto de referência. Desde esta data é propriedade particular, excluída a orla por determinação legal.

A Ilha do Francês é conhecida por muitos nomes, já foi Ilha do Inglês, do Ignácio, Ilha do Alemão e atualmente é chamada de Ilha do Argentino, sempre de acordo com seus donos.

Segundo consta a escritura de venda arquivada no Patrimônio da União, em 1894 foi vendida a João Ignácio Schroeder. Encantado com a profusão de orquídeas selvagens, Ignácio tratou de montar um orquidário.

Mais tarde passou foi comprada por um inglês John Williamson, que ficou de posse da ilha de 1916 a 1938.

Depois dessa data foi para as mãos de Antônio Muniz Barreto, um argentino de origem brasileira. Barreto foi o responsável pelo auge da beleza da Ilha do Francês, incrementando o orquidário e criando jardins com flores raras, importadas do mundo todo.

Segundo contam os moradores mais antigos, o argentino era apaixonado pela ilha, queria morrer e ser enterrado lá. Vinha só passar férias. Quando envelheceu e adoeceu, os filhos não o trouxeram mais para o local. Entretanto um pouco antes de morrer, os filhos realizaram seu sonho. Um ex-empregado da família conta que seu Antônio Muniz Barreto, chorou como criança quando desembarcou na praia.

Hoje a Ilha do Francês pertence aos netos do argentino com alma brasileira e apaixonada por orquídeas.

www.jurere.com.br/site/content/jurerecom/content/historia/news2.asp